quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Despedida


Hoje eu venho pra falar um pouco de tudo: Amor, Odeio, Saudades, Tempo, Vida, Morte e Despedida.
Em toda a minha vida eu amei demais, e sentir odeio demais, amei aos que não me amaram, odiei aos que me amaram e no qual não pude retribuir, errei muitas vezes e acertei poucas e já quase morri de saudades, por pessoas que saíram da minha vida sem minha permissão.
Hoje eu aceito, aceito o amor que veio e foi embora, já não me culpo pelo o odeio que já sentir, mais que partiu, agradeço ao tempo o aprendizado que ele me trouxe, agradeço a Vida, a beleza que ela me mostra todos os dias minha história minha Vida, e a Morte já não a vejo como um monstro que só traz destruição, mais vejo como uma conselheira que me dis o quanto a vida é preciosa e que devemos aproveitar cada segundo.
E quanto as despedidas, tenho que agradecer primeiramente aos idiotas que se foram, realmente não mereciam ficar, pessoas mesquinhas, que com seus medos nunca saberão a grandeza de se abrir e entregar-se ao amor. Aos meus amigos que estão longe, continuaram sempre a ser meus amigos, e aos pessoas que partiram pra junto de Deus, algum dia iremos nos encontrar, e fico feliz por isso.
Esse blog foi criado, como uma forma de desabafo, e não tem coisa melhor pra mim do que escrever, mais no momento preciso escrever um pouco menos e voltar a ser protagonista da minha história e não mais ficar sentada na arquibancada vendo a vida passar...
Eu tenho urgência, de continuar pondo em prática meu sonho de ajudar as pessoas com meu trabalho e amor, de viver novas coisas, ter novas experiências, ler meus livros preferidos, ser feliz do meu jeitinho, com a simplicidade, a humildade e sabedoria que Deus me deu... Eu quero sentir a vida dentro de mim, que apesar das muitas cicatrizes que tenho, saber que cada uma foi feita, sarada e superada.
Quanto tempo vou ficar sem escrever, não sei, mais a todos que gostaram ou não dos meus textos, fica o meu agradecimento, e quando a necessidade voltar de escrever, voltarei com novas história, talvez novos amores... enfim termino aqui com um trecho do livro de um escritor que amo, e no qual me inspiro bastante como pessoa, como escritor e como sábio...

Ass: Srta. Freitas



Chegadas e Despedidas

A vida começa com uma chegada. Termina com uma despedida.

A chegada faz parte da vida. A despedida faz parte da vida. Como o dia, que começa com a madrugada e termina com o sol que se põe. A madrugada é alegre, luzes e cores que chegam. O sol que se põe é triste, orgasmo final de luzes e cores que se vão. Madrugada e crepúsculo, alegria e tristeza, chegada e despedida: tudo é parte da vida, tudo precisa ser cuidado. A gente prepara, com carinho e alegria, a chegada de quem a gente ama. É preciso preparar também, com carinho e tristeza, a despedida de quem a gente ama. Noite e dia, silêncio e música, repouso e movimento, riso e choro, calor e frio, sol e chuva, abraço e separação, chegada e partida: são os opostos pulsantes que dão vida á vida. Chegada e despedida, vida e morte- não são inimigas; são irmãs... Uma canção não existiria sem a palavra que a encerra. Sem a Morte, a Vida não existiria. A vida é, precisamente, uma permanente despedida.

Rubem Alves.

Tudo passa.

" Hoje eu acordei apaixonada, pelo tempo que milagrosamente tudo cura"
Não sei o que aconteceu hoje, mais definitivamente o apenas hoje, me fez sentir leve, me fez sentir livre...


Apesar de não está no campo e sentir aquele ar puro, hoje na madrugada da cidade grande vi algo puro e simples acontecer, eu vi o tempo e ele passava e me dizia, "olha to passando" "acabou a tempestade acabou o teu sofrimento, já foi curado e você ainda não se deu conta disso" "olha eu to passando... um amor se foi mais outro maior logo está por vir coisas maiores em tua vida estou trazendo, coisas velhas, novas, boas, tristes e ruins passam..." "o clico da vida se renova".


Ele mostrava meu passado e através do meu passado, conseguia enxergar a forma como meu presente estava, o tanto que cresci, como pessoa, o quanto meus pensamentos sobre determinados assuntos tinham mudado, quantas paixões tinha chegado e ido embora, e quantas vezes eu tinha superado e eu tentava ver no meu passado, aquele menininho de cabelo espetado que me dizia não ter medo das coisas, ele continuava tão lindo, tão perfeitinho, mais ele também havia ido embora, afinal era o passado que eu estava vendo, de repente chegou uma onda de tristeza e prantos, deixei que aquele tristeza tomasse conta de mim, senti-la naquela noite de lua cheia, ela veio e foi embora. Depois eu comecei a sentir algo que nunca me permitira sentir, ódio ele veio e também foi embora e assim vieram, vários outros sentimentos arrependimento, mágoa, alegria, saudade... eu os sentia tão profundamente, como se pudesse tocá-los, mais não me permitia me apegar a nenhum deles, eles vinham e naturalmente logo poderiam partir. E de repente um amor tomou conta de mim preenchendo o espaço vazio que o ódio havia deixado...e o tempo estava ali me dizendo que esse é o sentido da vida, sentir tudo, mais deixar com que esse tudo siga seu caminho, faz parte da seleção natural da vida até chegar ao fim, morte.



Me sentir leve, livre e uma paz tomou conta de mim o tempo me fez ver, que caminhava para o caminho certo, seria uma caminhada longa, vários sentimentos poderiam me assombrar novamente, mais do meu caminho nada e nenhum obstáculo me desviariam, porque de repente parei de me culpar por ter perdido certas coisas em minha vida, fiz as pazes com Deus pois foram as perdas que fizeram eu me encontrar...e tudo passa  até mesmo o tempo.

Srta. F

Raio de sol

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"Meu raio de sol, você que entrou em minha vida, e deu um sentido maior para ela, teu sorriso ilumina minha alma todas as vezes que te vejo, teus olhos demonstram toda a paz e tranquilidade que tanto busquei, você me traz paz, você me traz amor, você me traz alegria em continuar vivendo nesse mundo de pessoas tão cruéis."


"Meu raio de sol, como eu queria está eternamente em teus braços, como eu queria acreditar que não é apenas um sonho, mais algo que algum dia poderia se tornar real, pois se assim fosse esperaria por te, todo o tempo do mundo".

"Meu raio de sol obrigado por me mostrar o caminho certo, com a graça e bênção de Deus, obrigado por seus sorrisos, obrigado por me fazer brilhar também com sua luz de bondade e amor, e acreditar que minha vida tem valor diante da terra, do mar e do céu!"


Obrigado por ser o sol em minha vida...
 
Srta. F

Eu...



Saudades, sinto saudades, mais é de algo diferente, sinto saudades de quem eu era. Uma menina que acreditava nas coisas, acreditava nas pessoas, que existiam príncipes e princesas, que existia amor puro e verdadeiro. Hoje percebo o quanto fiquei diferente da meninazinha que aos 17 anos de idade queria conquistar o mundo e fazer com que todos á amassem, hoje não consigo enxergar com esse colorido, minha vida parece está no preto e branco, as pessoas que estão ao meu redor, todas parecem simples robô desempenhando um trabalho rotineiro chamado vida.



As pessoas acordam, tomam café da manhã, alguns vão para o trabalho, outros para a escola, um bom dia pra alguém na rua, por questão de educação, fazem o que tem que fazer, seja no trabalho, ou na escola, conversam com algumas pessoas, alguns voltam pra casa, outros vão dá uma volta de repente ir a uma academia, outros vão namorar, e ao fim do dia a mesma coisa, e o ciclo continua, as vezes se diferencia nos finais de semana, barzinhu, praia, cinema, enfim mais sempre a mesma coisa, a mesma rotina do mês, pessoas iguais, dias iguais...



Percebo o quanto mudei, e o quanto o tempo me fez ver as coisas, como de fato são sem fantasias, sem colorido, apenas a cruel realidade. Antigamente acreditava que amaria apenas uma vez na vida, e o amaria tanto, algo simples, sem complicações, essa pessoa seria minha razão de viver, poderíamos nos compreender apenas pelo olhar, sem mentiras, sem joguinhos, seriamos bons amigos sempre, namorados, marido e mulher e eterno amantes, almas gémeas, será que essa pessoa existe, começo a acreditar que talvez não, e volto a cair novamente nessa realidade. Hoje os relacionamentos começam desde já na cama e acabam na mesma cama, quando ambos enjoam do mesmo corpo, do mesmo rosto, da mesma voz...eu chamo isso de desumanização.



Prazer meu nome é Marta, tenho 21 anos de idade, porém já estou muito velha, acredite velha demais, pra você que pensa que só por eu ser uma menina e com um coração enorme porém cansado, vai entrar na minha vida e fazer a festa, de forma alguma, tenho hora pra chegar em casa, pois respeito minha mãe que sempre se preocupa comigo, gosto sim de festas, mais não vó a todas as festas, não bebo e não, definitivamente não caiu em conversa furada, e nem beijo só por beijar, por mais que eu esteja com vontade se você parecer ser uma pessoa que não é uma hora sua máscara vai cair a acredite, vai levar um chute sim no traseiro, porquê estou cansada como já havia dito de mentiras, cansada de falsos amores. Sou a pessoa mais simples desse mundo, mais se você complicar as coisas, vou ser indecifrável pra você, pois cansei de fingir para o mundo, fingir que estou bem, fingir que a vida é bela e blá blá blá...Lógico que tem dias que acordo feliz da vida afinal o sol sempre está aí com uma beleza esplêndida com aquelas nuvenszinhas que adoro admirar, o mundo aliás é belo são as pessoas com sua hipocrisia e falsidade que estragam essa obra de Deus...



Saudades...de mim, que me escondi, que me esqueci, que o mundo sufocou...



Esperança de encontrar alguém que me faça voltar a ser a mesma de antes... que me faça acreditar que de fato tudo é possível, inclusive amar e amar pra sempre...
 
Srta. F

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conselheira


Odeio a idéia de morte repentina, embora todos achem que é a melhor. Discordo. Tremo ao pensar que o jaguar negro possa estar à espreita na próxima esquina. Não quero que seja súbita. Quero tempo para escrever o meu haicai. O último haicai é isto: o esforço supremo para dizer a beleza simples da vida que se vai. Como dizia o bruxo D. Juan ao seu aprendiz: “A morte é a única conselheira sábia que temos. Sempre que você sentir que tudo vai de mal a pior e que está a ponto de ser aniquilado, volte-se para a sua Morte e pergunte-lhe se isso é verdade. Sua Morte lhe dirá que você está errado. Nada realmente importa fora do seu toque... Sua Morte o encarará e lhe dirá: ‘Ainda não o toquei’”. E o feiticeiro concluiu: “Um de nós tem de mudar, e rápido. Um de nós tem de aprender que a Morte é caçadora, e está sempre à nossa esquerda. Um de nós tem que aceitar o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que acompanha os homens que vivem suas vidas como se a Morte não as fosse tocar nunca”.



A morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver. A branda fala da Morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos. Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza... Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo a perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois...”.




texto extraído do livro Rubem Alves do universo à jabuticaba,  escritor fantástico, uma lição de vida pra mim...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Roda Gigante


Sinto um cansaço que me tira a paz
Finjo e disfarço, mas não agüento mais
Medos e angústias se sobressaem
Sinto sua falta, as minhas lágrimas caem

Com você eu descobri o meu melhor
Vi que havia muito mais ao meu redor
Sem você há um vazio bem maior
Onde perco o rumo numa estrada bem pior

Fui preso numa roda gigante
Que insiste em rodar
Me consumindo a todo instante
Preciso me libertar

Vejo o tempo escorrendo pelas minhas mãos
Não consigo dar descanso pro meu coração
Centenas de detalhes corroem o que sou
Preciso de um caminho, saber aonde vou

Com você eu descobri o meu melhor
Vi que havia muito mais ao meu redor
Sem você há um vazio bem maior
Onde perco o rumo numa estrada bem pior

Fui preso numa roda gigante
Que insiste em rodar
Me consumindo a todo instante
Preciso me libertar

Ps. adoro esa música, da banda Rosa de Saron, fala muito de mim ...
ass. Srta F

Meu amor que odeio

Hoje eu quero falar de saudade, mais não quero falar daquela saudade meiga e cheia de doçura é outra saudade, saudade de nós...

Saudade das brigas, saudades do tempo em que disputávamos algo, cada um com seu objetivo, cada um querendo chegar ao fim e ganhar a disputa, na verdade ganhar o que estava em jogo, bom isso não irei revelar e foi esse jogo que tornou nossa relação tão duradoura. Nós medimos forças e o placar ficou de igual pra igual.

Saudade de te amar, e de te odiar também, meio estranho, mais é isso, passamos cinco anos, que nem cão e gato, se amando e se odiando; Ahhh como era bom te odiar, sentir o sangue queimar em meu organismo, atravessar artérias, veias e explodir perto de você e depois da explosão sentir descer em meu corpo o teu veneno mais suave... aquele tipo de veneno doce, mais que quando entra no corpo, te deixa em um estado entre o real e o surreal, entre o céu e o inferno, e eu sinto a falta disso.

Nós tivemos um começo mais o fim deixou dúvidas, se naquele dia apenas estávamos destroçados e sem forças pra continuar nossa guerra particular e nos demos apenas uma trégua duradoura, ou talvez não aquele fosse realmente o fim, e como todo fim existem os ganhadores e perdedores, o nosso não, nem eu e você ganhamos o que almejávamos, porém a disputa não foi em vão, os anos não foram perdidos, hoje eu vejo que mesmo apesar de não ter conseguido o que eu mais queria na vida, apesar de em cinco anos eu não ter ganhado o prémio, e aliás nem você o seu prémio, percebo que o melhor de tudo foi a jornada, o caminho que percorremos, que caiumos, que quase nos matamos mais que aprendemos e fizemos nossa história, não de contos de fadas, mais aquela história onde o leitor chora também com a mocinha e o vilão apesar de saber que a nossa história querido E, ambos eram vilões e mocinhos em respectivos momentos da trajetória e por isso hoje sinto a saudade, saudade de não saber se ainda te amo ou se talvez te odeie, ou quem sabe os dois afinal ódio e amor podem andar juntos.

Srta. F
esse texto foi escrito dia 07/08/2010