quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Meu amor que odeio

Hoje eu quero falar de saudade, mais não quero falar daquela saudade meiga e cheia de doçura é outra saudade, saudade de nós...

Saudade das brigas, saudades do tempo em que disputávamos algo, cada um com seu objetivo, cada um querendo chegar ao fim e ganhar a disputa, na verdade ganhar o que estava em jogo, bom isso não irei revelar e foi esse jogo que tornou nossa relação tão duradoura. Nós medimos forças e o placar ficou de igual pra igual.

Saudade de te amar, e de te odiar também, meio estranho, mais é isso, passamos cinco anos, que nem cão e gato, se amando e se odiando; Ahhh como era bom te odiar, sentir o sangue queimar em meu organismo, atravessar artérias, veias e explodir perto de você e depois da explosão sentir descer em meu corpo o teu veneno mais suave... aquele tipo de veneno doce, mais que quando entra no corpo, te deixa em um estado entre o real e o surreal, entre o céu e o inferno, e eu sinto a falta disso.

Nós tivemos um começo mais o fim deixou dúvidas, se naquele dia apenas estávamos destroçados e sem forças pra continuar nossa guerra particular e nos demos apenas uma trégua duradoura, ou talvez não aquele fosse realmente o fim, e como todo fim existem os ganhadores e perdedores, o nosso não, nem eu e você ganhamos o que almejávamos, porém a disputa não foi em vão, os anos não foram perdidos, hoje eu vejo que mesmo apesar de não ter conseguido o que eu mais queria na vida, apesar de em cinco anos eu não ter ganhado o prémio, e aliás nem você o seu prémio, percebo que o melhor de tudo foi a jornada, o caminho que percorremos, que caiumos, que quase nos matamos mais que aprendemos e fizemos nossa história, não de contos de fadas, mais aquela história onde o leitor chora também com a mocinha e o vilão apesar de saber que a nossa história querido E, ambos eram vilões e mocinhos em respectivos momentos da trajetória e por isso hoje sinto a saudade, saudade de não saber se ainda te amo ou se talvez te odeie, ou quem sabe os dois afinal ódio e amor podem andar juntos.

Srta. F
esse texto foi escrito dia 07/08/2010

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